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Felipão, muito obrigado. Por que fracassos costumam enterrar grandes conquistas?

Quando assumiu o comando da Seleção Brasileira para a Copa de 2002, Luiz Felipe Scolari foi massacrado pela imprensa especializada e torcedores até vencer e provar que sua estratégia daria resultados. Com seu jeitão meio rude, pouco paciente com provocações, costumava atrair amores e ódios, mas quase nunca a indiferença. Agora em 2014, não foi diferente. Mas a estratégia não deu certo. A Canarinha perdeu. E a massa sedenta tratou logo de registrar o nome do gaúcho na história como o cara que levou a soberba nação do futebol a sua maior derrota.


Já no início da Copa, quando a Seleção Brasileira começou a mostrar que não teria condições de ser campeã, com desempenhos pífios em campo, passaram a ganhar visibilidade críticas ferozes a Felipão, que atingiram seu ápice após o 7x1 para a Alemanha nesta fatídica terça-feira, 8 de julho de 2014. Ultrapassado, decadente, manipulado e incompetente foram apenas alguns dos adjetivos que pontuaram crônicas e bravejos.

Pode ser que todas as críticas, de fato, caibam. Não sou um grande espectador de futebol e entendo mais de confraternização com os amigos em jogos de Copa do que das diferenças entre esquemas táticos da Europa e do Brasil. Mas aqui a discussão não é futebolística.

Scolari perdeu e foi o responsável, porque foi o líder a quem coube as escolhas capazes de definir o resultado dentro de campo. Foi ele que fez milhões de crianças (e também adultos) chorarem inconsoláveis, como se tivessem perdido a mãe. É compreensível que uma nação apaixonada não consiga lembrar, neste momento, de nada que tenha vindo antes ou que venha depois de ontem. Mas Felipão não merece nem pode ser mais um Barbosa.

Para mim, não faz muita diferença. Sinceramente, não respiro futebol. Mas o Brasil é o único pentacampeão do mundo e Felipão que o conduziu nessa conquista. Ele é um dos técnicos com mais vitórias em Copas e ajudou a levar equipes fracas muito longe em campeonatos que disputou (inclusive a atual equipe do Brasil, que chegou às semifinais da Copa do Mundo e venceu a Copa das Confederações sem ser um grande time).

Fico meio constrangido de fazer aqui todo esse discurso por causa de futebol. Mas sei que, mesmo não sendo dos que matam e morrem por uma partida, a bola e o gramado farão parte da minha vida ainda por muito tempo. Não há brasileiro que passe pela vida imune. Além do mais, não consigo não me incomodar com o achincalhe que vem sendo feito de uma das figuras que mais contribuíram para o futebol brasileiro desde que eu nasci.


Por isso, preciso dizer: sejamos menos injustos. Podem até vaiar. Mas quem gosta de futebol deve a Felipão ainda uma boa quantidade de “muito obrigado”. 

Fonte: Administradores.com

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